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Esta é a versão gratuita.
Este aplicativo é de grande valor para músicos e não músicos.
- Ele contém cinco MODOS que são maneiras diferentes de combinar os sons usados.
- Cada MODO inclui dez NÍVEIS nos quais combinações de som mais complexas são gradualmente usadas.
- Em cada NÍVEL existem vinte e cinco exercícios.
- No início de cada exercício, você ouvirá uma série de sons e verá como cada um dos botões correspondentes a esses sons se acende.
- Depois disso, você deve clicar em cada um dos botões para repetir a mesma série de sons e, assim, obter pontos.
- Em cada nível, o maior número possível de pontos é 100. Se você não atingir um mínimo de 80 pontos, sugerimos que você repita esse nível.
A música acompanha a humanidade desde seus primórdios como elemento que envolve e emociona as pessoas. Nos últimos anos, estudos científicos têm mostrado que a musicalização e o aprendizado de um instrumento também podem ajudar na assimilação de conteúdos trabalhados em disciplinas que exigem raciocínio lógico e concentração. A razão disso é a estimulação de regiões do cérebro ativadas especialmente no estudo de matérias como matemática e línguas, que também atuam no processamento e produção de sentido e emoção da música.
De acordo com Aurilene Guerra, mestre em neuropsicologia e professora de Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a escuta ativa exige o desenvolvimento da capacidade de concentração, além de promover a criatividade por meio da sensibilização do aluno.
"Na última década, houve uma grande expansão nos conhecimentos das bases neurobiológicas do processamento da música, favorecida pelas novas tecnologias de neuroimagem", conta Aurilene. Os estudos científicos comprovaram que o cérebro não dispõe de um "centro musical", mas coloca em atividade uma ampla gama de áreas para interpretar as diferentes alturas, timbres, ritmos e realizar a decodificação métrica, melódico-harmônica e modulação do sistema de prazer e recompensa envolvido na experiência musical.
"O processo mental de sequencialização e espacialização envolve altas funções cerebrais, como na resolução de equações matemáticas avançadas, e que também são utilizadas por músicos na performance de tarefas musicais", explica Aurilene.
Aurilene explica que o processamento da música começa com a penetração das vibrações sonoras no ouvido interno, provocando movimentos nas células ciliares que variam de acordo com a frequência das ondas. Os estímulos sonoros seguem pelo nervo auditivo até o lobo temporal, onde se dá a senso-percepção musical: é nesse estágio que são decodificados altura, timbre, contorno e ritmo do som. O lobo temporal conecta-se em circuitos de ida e volta com o hipocampo, uma das áreas ligadas à memória, o cerebelo e a amígdala, áreas que integram o chamado cérebro primitivo e são responsáveis pela regulação motora e emocional, e ainda um pequeno núcleo de massa cinzenta, relacionado à sensação de bem-estar gerada por uma boa música.
"Enquanto as áreas temporais do cérebro são aquelas que recebem e processam os sons, algumas áreas específicas do lobo frontal são responsáveis pela decodificação da estrutura e ordem temporal, isto é, do comportamento musical mais planejado".