O Sacro Império Romano-Germânico foi a união de territórios da Europa Central durante a Idade Média, durante toda a Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea sob a autoridade do Imperador Romano. Embora Carlos Magno seja considerado o primeiro Imperador Romano do Ocidente da era medieval, coroado em 25 de dezembro de 800, a linha contínua de imperadores começou apenas com Otão I em 962. O último imperador foi Francisco II, que abdicou e dissolveu o império em 1806 durante as Guerras Napoleônicas. A partir do século XV, este Estado era conhecido oficialmente como o Sacro Império Romano da Nação Germânica.[1]
A extensão territorial do império variou durante sua história, mas no seu ápice englobou os territórios dos modernos Estados da Alemanha, Áustria, Suíça, Liechtenstein, Luxemburgo, República Tcheca, Eslovênia, Bélgica, Países Baixos e grande parte da Polônia, França e Itália. Na maior parte da sua história, o império consistiu de centenas de pequenos reinos, principados, ducados, condados, Cidades livres imperiais, e outros domínios. Apesar de seu nome, na maior parte da sua existência o Sacro Império Romano-Germânico não incluiu a cidade de Roma em seus domínios, e recebeu este nome em homenagem às glórias e ao poder que o Império Romano deteve em quase todo o continente europeu.
Os primeiros soberanos do Sacro Império, por um curto período, foram os carolíngios, depois os Guideshi, novamente a dinastia carolíngia, depois os Saxões, posteriormente a dinastia saliana, os Süpplingerburg, os Hohenstaufen, os Guelfos, os Wittelsbach, e por maior tempo, desde 1273 até a dissolução do império em 1806, em decorrência das Guerras Napoleônicas, foram os Habsburgos.