A história da Arábia pré-islâmica, ou seja, anterior à ascensão do islamismo ocorrida na década de 630 naquela região, não é conhecida com grande riqueza de detalhes. As explorações arqueológicas na Península Arábica foram esparsas, e as fontes escritas indígenas estão limitadas às diversas inscrições e moedas encontradas no Iêmen. O material existente consiste primordialmente de fontes escritas de outras tradições vizinhas (como os egípcios, gregos, persas, romanos, etc.) e das tradições orais que foram registradas posteriormente pelos acadêmicos islâmicos.
O estudo da Arábia pré-islâmica é importante para os estudos islâmicos na medida em que fornece o contexto no qual se deu o desenvolvimento do próprio islã. Existem fontes epigráficas no antigo árabe meridional desde por volta do século IX a.C., e do antigo árabe setentrional desde por volta do século VI a.C.. A partir do século III d.C. a história árabe se torna mais tangível, com a ascensão do Reino Himiarita e com o surgimento dos catanitas, no Levante, e a gradual assimilação dos nabateus por aqueles, ocorrida nos primeiros séculos da era cristã, uma tendência expansionista que finalmente culminou com as explosivas conquistas muçulmanas do século VII.