O termo ariano ou árico, ao referir-se a um grupo étnico, tem vários significados. Refere-se, mais especificamente, ao subgrupo dos indo-europeus, que se estabeleceu no planalto iraniano desde o final do terceiro milénio antes da era comum . Por extensão, a designação "arianos" (não o termo "árias") passou a referir-se a vários povos originários das estepes da Ásia Central - os Indo-europeus - que se espalharam pela Europa e pelas regiões já referidas, a partir do final do neolítico. O nome ariano vem do sânscrito arya, que significa nobre.
Até recentemente, acreditava-se que os arianos teriam invadido o subcontinente indiano por volta de 1 500 a.C., vindo do norte, pelo Punjabe, disseminando-se pela Índia, Pérsia e regiões adjacentes. Teriam sido os descendentes dos indo-europeus que fundaram a civilização indiana, subjugando as populações locais, dando origem ao sistema de castas e, mais especificamente, às castas dominantes dos Brâmanes, xátrias e vaixás. A sua cultura teria ficado particularmente expressa nos Vedas e, principalmente, no Rig Veda, considerado como o mais antigo. Muito embora, essa hipótese da invasão ariana na Índia tenha sido questionada desde o final do século XIX, por causa de certas descobertas arqueológicas e geológicas e pela proposta de interpretações das evidências conhecidas anteriormente[1], novos estudos do âmbito genético põem-na em evidencia e tornam-na afinal mais credível[2].
O termo "ariano" refere-se, também, na história das línguas, ao proto-ariano, que teria sido o ramo linguístico comum aos antepassados dos povos indo-áricos e iranianos e aos dois grandes subramos linguísticos a que terá dado origem, ou seja, às línguas indo-áricas e às línguas iranianas. Estes dois sub-ramos são árico ou indo-iraniano. Pode ainda referir-se, especificamente, aos grupos linguísticos actualmente conhecidos como proto-indo-europeu, proto-indo-iraniano e indo-iraniano. Em tempos, também se utilizou o termo para designar todas as línguas indo-europeias.
O termo ganhou outro significado com a ideologia nazi que, baseando-se em teorias de vários autores evolucionistas do século XIX, o usou para classificar uma suposta raça comum aos indo-europeus e aos seus descendentes não miscigenados com outros povos. Deve-se a este facto a vulgar confusão que identifica arianos com os povos germânicos, mais especificamente, nórdicos.