Israel e Judá foram reinos da Idade do Ferro do antigo Oriente Médio. Este artigo abrange o período de tempo que vai desde a primeira menção do nome Israel no [registro arqueológico (c. 1 200 a.C.) até ao reino judeu da época de Jesus Cristo e à diáspora judaica.
Os dois reinos surgiram na costa oriental do Mediterrâneo, na porção mais a oeste do Crescente Fértil, entre os antigos impérios do Egito ao sul, Assíria, Babilônia e mais tarde Pérsia ao norte e a leste, e Grécia e depois Roma através do mar a oeste. A área envolvida é relativamente pequena, talvez apenas 148 km no sentido norte-sul e 60-70 km de leste a oeste.
Israel e Judá emergiram da cultura canaanita autóctone do Bronze Tardio, e tinham como base vilas que se formaram e cresceram nas áreas montanhosas do Levante meridional (i.e. a definição atual para a região compreendida entre as planícies costeiras e o vale do Jordão) entre c. 1 200-1 000 a.C.. Israel se tornou um importante poder local nos séculos IX-XVIII a.C. antes de cair nas mãos dos assírios; o reino do sul, Judá, usufruiu de um período de prosperidade como um estado-vassalo dos grandes impérios da região antes de uma revolta contra a Babilônia levar a sua destruição no início do século VI a.C. Exilados judeus retornaram da Babilônia no começo do período persa, inaugurando uma época de formação no desenvolvimento de uma distinta identidade judaica na província de Yehud, como Judá passara a ser chamada. Yehud foi absorvida pelos reinos gregos subsequentes às conquistas de Alexandre, o Grande. No séc a.C., os judeus se revoltaram contra o domínio grego e criaram o Reino da Judeia, que se tornou primeiramente um estado-vassalo de Roma passando depois ao seu controle direto.