Augusto foi o fundador do Império Romano e seu primeiro imperador, governando de 27 a.C. até sua morte em 14 d.C..[nt 2] Nascido Caio Otávio, pertenceu a um rico e antigo ramo equestre da família plebeia dos Otávios. Depois do assassinato de seu tio-avô Júlio César em 44 a.C., o testamento de César nomeou Otávio como seu filho adotivo e herdeiro. Junto com Marco Antônio e Lépido, formou o Segundo Triunvirato e derrotou os assassinos de César. Após a vitória na Batalha de Filipos, os três dividiram a República Romana entre si, passando a governar como ditadores militares.[nt 3] O triunvirato foi posteriormente posto de lado sob as ambições conflitantes de seus membros: Lépido foi exilado e despojado de sua posição e Marco Antônio cometeu suicídio após sua derrota na Batalha de Áccio em 31 a.C..
Após o fim do Segundo Triunvirato, Augusto restaurou a fachada externa de república livre, com o poder governamental investido no senado romano, os magistrados executivos e as assembleias legislativas. Porém, na realidade, manteve seu poder autocrático sobre a República como um ditador militar. Por lei, reteve um conjunto de poderes atribuídos vitaliciamente pelo senado, incluindo o comando militar supremo e aqueles de tribuno e censor. Criou o primeiro programa de previdência pública do mundo, assegurando a lealdade do exército, tornando-se algo que nenhum romano havia sido antes: o comandante em chefe de todas as Forças Armadas. Rejeitou os títulos monárquicos e em vez disso denominou-se "Primeiro Cidadão do Estado" (Princeps Civitatis). O quadro constitucional resultante tornou-se conhecido como o Principado, a primeira fase do Império Romano.