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A Serra do Cipó é uma formação geológica localizada no estado de Minas Gerais, entre os municípios de Itambé do Mato Dentro, Jaboticatubas, Morro do Pilar, Nova União e Santana do Riacho. Faz parte da província geológica da serra do Espinhaço. Sua história geológica é complexa e data do período Pré-Cambriano, com suas rochas arenosas que foram formadas por depósitos marinhos há mais de 1,7 bilhão de anos.
O distrito leva o nome do principal atrativo natural de onde está situado, a Serra do Cipó, que conta com uma grande quantidade de trilhas, morros e montanhas propícios a escaladas, cânions, cachoeiras e piscinas naturais de águas cristalinas, além de abrigar uma grande variedade de espécies animais e vegetais, tendo a região uma das maiores biodiversidades do mundo. É onde situa-se a principal porta de entrada para o Parque Nacional Serra do Cipó, criado na década de 1970 com objetivo de proteger a fauna, a flora e os bens naturais existentes, concentrando também vários estabelecimentos comerciais, hotéis, pousadas, áreas de camping estruturadas e propriedades rurais.
A Serra do Cipó se localiza 90 quilômetros a nordeste de Belo Horizonte, logo depois da cidade de Lagoa Santa, na região sul da Cordilheira do Espinhaço, entre os paralelos 19 e 20ºS e 43 e 44ºW, no divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Doce, sendo também divisora dos biomas cerrado e mata Atlântica, os dois mais ameaçados do país.
O acesso de automóvel é feito através da rodovia MG-10 em pouco mais de uma hora, sendo que a partir do terminal rodoviário de Belo Horizonte todos os dias há vários horários de ônibus. Para quem chega por via aérea também é fácil, em razão da proximidade do Aeroporto Internacional de Confins distante apenas cinqüenta quilômetros.
Com altitudes que variam de 800 a 1.700 metros, pluviometria anual média de 1.300 mm e cerca de 300 dias de sol por ano, foi no período pré-cambriano – há cerca de 1,7 bilhão de anos – ocupada pelo oceano, conforme se verifica por suas características geológicas, com a predominância do quartzito formado pela consolidação das areias depositadas no fundo do antigo mar.
Após o descobrimento do Brasil, constituiu-se no caminho natural dos bandeirantes que em busca de ouro e pedras preciosas embrenharam pelo nordeste mineiro e chegaram à vila do Serro Frio e ao arraial do Tejuco, atuais cidades do Serro e Diamantina. Ainda existem vestígios de uma estrada de pedra dessa época, construída pelos escravos, partindo do sopé da serra e chegando a um lugar chamado Mãe d’Água, por cima da cachoeira Véu da Noiva.
A sua importância histórica também se reflete na existência de sítios arqueológicos com vestígios de comunidades primitivas, como se comprova em grutas e cavernas através de desenhos e pinturas rupestres, com idade estimada entre 2 mil e 8 mil anos.
Trata-se de região bastante rica em cursos d’água, destacando-se o rio Cipó, afluente do rio das Velhas, pertencente à bacia do rio São Francisco. O rio Cipó, que é o mais importante curso d’água da região, nasce a partir do encontro dos ribeirões Mascate e Gavião, sendo que o Mascate desce do cânion das Bandeirinhas enquanto o Gavião a serra da Bocaina, ambos no interior do Parque Nacional.
Ao mesmo tempo, reúne um conjunto de condições geológicas, climáticas e bióticas peculiares, que possibilitam a ocorrência de campos rupestres com maior diversidade do país. Além do mais, essa posição de intermédio, associada a características individuais especiais, atualmente transformou-se em tema recorrente quando se trata da caracterização ambiental da Serra do Cipó, resultando em importantes reflexos sobre a economia e a história.